Venho através deste documento expressar toda minha indignação com a forma desrespeitosa e arbitrária com que a direção nacional da Caixa Econômica Federal, atuou para prejudicar três servidores dos seus quadros, lotados na cidade de João Pessoa. O que considero mais grave neste caso é o fato de que tais profissionais, um Superintendente de Rede, um Superintendente Executivo e um Gerente Geral de Rede, foram indevidamente punidos, sem que lhes fosse concedido o amplo e devido direito de defesa, muito menos sem que lhes fosse assegurado o direito ao contraditório.
Tal fato fere a dignidade dos profissionais da categoria bancária, pois revela a instituição do desprezo e a forma tirana que se instalou na gestão de uma empresa pública tão conceituada aos olhos de nossa sociedade.
Se profissionais da mais alta estatura, com competência histórica acumulada e anos de dedicação à gestão de processos estratégicos da CAIXA estão sendo tratados com tamanho desrespeito, o que será dos bancários e bancárias que atuam no atendimento direto à população? Esse é sentimento dos servidores que estão assistindo perplexos, impotentes, aos desmandos praticados, quando, extemporaneamente, viram o rebaixamento e o descomissionamento sumário dos seus colegas de trabalho.
Agrava ainda mais o quadro quando nos damos conta do esforço que os funcionários da CAIXA têm realizado, mesmo colocando a saúde em risco, no intuito de enfrentar a atual realidade, de ter que atender milhares de brasileiros e brasileiras desesperados, vitimados pela crise da saúde e, portanto, da dificuldade para obter renda. Pois bem, tem sido nas agência da Caixa, no olhar e no comprometimento dos funcionários dessa empresa pública que a população têm encontrado dedicação, paciência e orientação, necessários para seguir em frente.
Os bancários e as bancárias também estão na linha de frente do combate ao efeitos desta triste pandemia, por isso são merecedores de todo nosso respeito, de nossa admiração e de nossa profunda gratidão.
Por isso, também quero me solidarizar com o bancário que contraiu a Covid-19 e encontra-se internado, desejando-o melhoras e o pleno restabelecimento de sua saúde. Peço a Deus que proteja toda sua família, dando força e levando-os a recuperação plena.
Contudo, não posso aceitar como natural a injustiça e a falta de consideração por parte daqueles que deveriam dar exemplos de conduta, de apoio e de liderança.
Me solidarizo com os colegas vitimados pelas decisões inquisitórias, assim como gostaria de transmitir minha solidariedade às suas famílias e aos seus colegas de trabalho.
Coloco-me à disposição dessa luta, para que se faça a justiça, para que se corrijam as arbitrariedades e, ao mesmo tempo quero cobrar de Brasília, o fim das terceirização das responsabilidades, além de mais compromisso com a classe trabalhadora, com a melhoria das condições de trabalho e de proteção à saúde da categoria bancária.

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