O advogado Marcos Tolentino negou em depoimento à CPI da Covid que seja sócio oculto do FIB Bank, empresa que teria oferecido garantia à Precisa Medicamentos para a venda da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde.
“Não possuo qualquer participação na sociedade, não sou sócio da empresa”, afirmou Tolentino, segundo informações da Folha de S. Paulo. Por ainda estar tratando sequelas da Covid-19, ele compareceu ao depoimento acompanhado de médicos.
Tolentino declarou que foi sócio de Ederson Benetti, já falecido, no passado, e que depois, prestou serviços advocatícios ao seu filho, Ricardo Benetti, e para as outras empresas que administra. Uma delas, a Pico do Juazeiro, é acionista do FIB Bank, que deu a garantia para a vacina Covaxin.
Tolentino afirmou que se desligou há 12 anos da empresa acionista do FIB Bank, mas que da antiga sociedade “derivaram muitos negócios”. Ele também disse que esta prestação de serviços justifica porque o escritório e a empresa são próximas a ponto de compartilharem o mesmo prédio comercial ou telefone.
O advogado negou ter participado de negociações envolvendo a Precisa Medicamentos e afirmou que estava internado em estado grave devido la Covid-19 na época.
Tolentino negou ainda ter vínculos de amizade com o presidente Jair Bolsonaro ou ter participado de jantar com representantes da empresa e com a participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.