O secretário de Estado da Articulação Política e deputado licenciado, João Gonçalves, não titubeou ao comentar, nesta segunda-feira (10), sobre o pedido de impeachment do governador João Azevêdo (Cidadania) e da vice-governadora, Lígia Feliciano (PDT), protocolizado na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) pelo deputado Wallber Virgolino (Patriotas). De acordo com o auxiliar, o processo não apresenta nenhum fato concreto que o justifique e que se configura como medida política.
“Qual é o fato? Não tem um fato concreto, se não tem um fato concreto, é natimorto, ela já morre no nascedouro. Não tem um fato concreto, o governador responde ao quê? Condenado em quê para pedir afastamento? Nada mais é do que um palanque eleitoral, e o Governo junto com a bancada, que tem um compromisso com a Paraíba, bem como o presidente da Casa, Adriano Galdino como todos os pares, está cheio de ruídos aí, de conversas, de fuxico, de fofoca, mas evidente que as peças que entraram… (sic)”, disse em entrevista à uma radio local.
“Ora, CPI [da Operação Calvário] para quê? Se a Polícia Federal, que tem todos os instrumentos de tecnologia, e se o Ministério Público estão apurando, então, o que a Assembleia tem para querer apurar o quê? Fazer política, nada mais”, complementou.
Questionado se o Governo do Estado teria confiança nos parlamentares que compõem a base de sustentação na ALPB, João Gonçalves disse que sim. “Confia, até porque, repito, não tem um fato determinação que você vá subir para chamar o cidadão para dizer o quê?”, comentou.
DECLARAÇÃO DE DAMIÃO
O secretário ainda tratou de minimizar as declarações do deputado federal Damião Feliciano (PDT), esposo da vice-governadora Lígia Feliciano, que afirmou que por trás do pedido de impeachment estaria um possível “golpe” contra o Governo do Estado.
“Damião está lá para o lado de Brasília, não sabe o que está acontecendo aqui nas bases, não. Damião é um bom deputado, um bom amigo, respeito a vice-governadora, mas, na política você tem que conviver com os contrários, se se fala, se se conversa (sic), nada mais do que conversa, você tem que enfrentar a realidade”, disse.
PLEITOS DA BASE
O deputado ainda negou a existência de problemas do governo João Azevêdo com a bancada de sustentação na ALPB. Ele afirmou que estremecimentos na relação entre o Poder Executivo e a base de sustentação é normal. “Na bancada tem algum problema? Toda a vida existiu isso, e o Governo já mandou chamar o feito a ordem, atender aos parlamentares, atender as pessoas, naturalmente, tem que ser atendidos, resolver é de acordo com o encaminhamento que você está fazendo, é outra diferença. Agora, atender, ele tem por obrigação e o dever de atender”, concluiu.
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