O ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi convocado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, para explicar as propostas de divisão de institutos federais, com uma política própria de indicação de reitores.
O requerimento aprovado nesta quarta-feira, 15, foi apresentado pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO). O parlamentar explica que a proposta anunciada por Milton Ribeiro não implicaria no aumento de “vagas e cursos”, somente partilhando o que já existe.
“O ministro anunciou em reunião com atuais reitores que pretende dividir IFs. A proposta dá a entender que serão criadas 10 novas reitorias, mas, na prática, não seriam criados campi, nem ampliado o número de vagas e cursos. Vão apenas dividir o que já existe, sem implantar estrutura para isso”, diz o deputado federal.
Esta iniciativa, segundo Vaz, é mais uma da agenda do governo Bolsonaro que quer destruir o ensino público federal e retirar de vez a autonomia das instituições.
“Essa medida representa o desmonte da autonomia dos institutos federais. O presidente Bolsonaro já vem ameaçando essa autonomia desde que assumiu, nomeando reitores que não foram os mais votados em eleições internas das instituições e rompendo uma tradição em vigor desde a década de 1990”, justificou.
Sindicatos e reitores alegam que a criação de cada nova sub-reitoria custaria cerca de R$ 8 milhões ao ano, justamente em meio a cortes orçamentários nos últimos anos que ultrapassa os 20% e implica em sucateamento de universidades e falta de verba para bolsas de iniciação científica e de permanência estudantil.
