O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, decidiu suspender a negociação para aquisição da vacina indiana Covaxin, intermediada pela farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos.
O fim das tratativas com a empresa acontece após polêmicas envolvendo o contrato para a compra do imunizante, lançando suspeitas sobre a legalidade do negócio, o que rapidamente tornou-se arma nas mãos de senadores da CPI da Covid.
“Não é mais oportuno importar as vacinas neste momento”, afirmou Queiroga à CNN Brasil.
O contrato para a aquisição da vacina Covaxin foi assinado pelo Brasil em fevereiro, prevendo a importação de 20 milhões de doses do imunizante, desenvolvido pela indiana Bharat Biotech. As doses nunca chegaram a ser enviadas ao Brasil, uma vez que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou seguidos pedidos de importação do imunizante, que não atendia aos critérios técnicos.
A vacina da Índia tornou-se uma questão política de grandes proporções quando veio à público um depoimento de Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor da área de importação do Ministério da Saúde, ao Ministério Público. No depoimento, dado em 31 de março, Luis Ricardo afirma ter sofrido “pressão atípica” para acelerar os trâmites da Covaxin dentro da pasta.
