Ricardo Salles vai à sede da PF com assessor armado e cobra informações sobre inquérito

Nesta quarta-feira, 19, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve na superintendência da Polícia Federal em Brasília, acompanhado de um assessor armado, que é um militar da reserva.

A PF na capital federal é quem conduz a operação Akuanduba, que fez buscas no Ministério do Meio Ambiente e em endereços do próprio ministro nesta quarta.

A suspeita da PF é sobre possíveis desvios de conduta de servidores públicos da pasta e do Ibama durante o processo de exportação de madeira.

De acordo com policiais, o ministro cobrou explicações sobre o inquérito e quis falar com o superintendente.

Salles foi recebido pelo chefe do órgão e informado que o caso estava sob sigilo e é de responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Em curta entrevista, após participar de um evento em Brasília, Salles chamou a operação de ‘exagerada’.

Ele afirma que ainda não teve acesso aos autos e, por isso, sabe pouco sobre a apuração, mas diz acreditar que o ministro Alexandre de Moraes foi induzido ao erro.

Segundo determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), 35 mandados são cumpridos no Distrito Federal, São Paulo e Pará. Um despacho do Ibama do ano passado, que permitia a exportação de produtos florestais sem a emissão de autorizações, foi suspenso pelo STF.