Deputado aciona Gaeco e MPF após ameaças feitas a ele e ao prefeito de Cabedelo

O deputado estadual Wallber Virgolino (PL) levou ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e ao Ministério Público Federal (MPF) uma denúncia que ele classifica como “grave”: ameaças de morte direcionadas a ele e ao prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante). O parlamentar quer que os órgãos de investigação apurem a origem das intimidações, que estariam partindo de pessoas ligadas ao crime organizado.

Segundo o deputado, os ataques começaram a surgir logo após a reaproximação política com André, seu adversário nas eleições municipais do ano passado. Na ocasião, foi o próprio Wallber quem denunciou a suposta infiltração do crime organizado na campanha eleitoral da cidade — acusação que movimentou investigações e alimentou embates políticos.

A reaproximação entre os dois ocorreu nas últimas semanas, com direito a declarações públicas de Wallber alegando que Coutinho não teria ligação com a atuação de facções no poder público municipal no período em que o prefeito era Vítor Hugo (Avante). André, inclusive, lembrou também em entrevista recente que à época era presidente da Câmara de Cabedelo e que não há denúncia alguma envolvendo o Legislativo.

As ameaças começaram a circular na quarta-feira (15), logo depois de André parabenizar o deputado através das redes sociais no dia do seu aniversário. Para Wallber, o gesto desagradou figuras da política com atuação em Cabedelo e que têm ligação com o Comando Vermelho.

“Venho, na qualidade de representante da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba e no exercício das funções constitucionais de zelar pela segurança e bem-estar da população, DENUNCIAR a existência de um perfil em rede social que vem promovendo ataques e ameaças diretas à minha integridade física e moral, utilizando linguagem de natureza criminosa e intimidatória”, relata o parlamentar no pedido formal de providências.

Ele ainda pediu ao MPF que as investigações sejam conectadas a uma ação penal já em andamento, que apura a interferência de facções criminosas — especialmente do Comando Vermelho — nas campanhas eleitorais do município.

Em entrevista à Rádio CBN, Wallber lembrou que foi o primeiro a denunciar o envolvimento do traficante Fatoka no esquema investigado pela Polícia Federal e pelo Gaeco