A vereadora Jays de Nita, que assumiu recentemente a Presidência da Câmara Municipal de Bayeux após o falecimento do vereador Adriano Martins, já iniciou sua gestão envolta em controvérsias. Antes mesmo de o luto político e institucional se encerrar, a nova presidente surpreendeu ao editar um Decreto de Estado de Calamidade Administrativa, medida que atingiu diretamente a gestão anterior — da qual, até poucos dias atrás, se declarava aliada.
A decisão caiu como uma bomba nos bastidores da política local. Para muitos, o gesto soou como precipitado, desrespeitoso e politicamente oportunista, sobretudo pelo fato de Adriano Martins não estar mais presente para se defender das acusações implícitas no decreto.
O ato mais polêmico do chamado “pacote de maldades” foi a suspensão do concurso público que estava em fase de preparação e era aguardado por centenas de candidatos. A medida reacendeu uma antiga polêmica em Bayeux, município historicamente marcado por disputas judiciais e desconfianças em torno de certames públicos.

Críticos apontam que a decisão da nova presidente penaliza diretamente a população, especialmente jovens e concurseiros que viam no concurso uma oportunidade legítima de ingresso no serviço público. Além disso, questiona-se o real objetivo da decretação de calamidade administrativa, já que não foram apresentados, até o momento, dados técnicos claros que justifiquem medida tão extrema.
Nos bastidores da Câmara, o clima é de tensão. Parlamentares avaliam que Jays de Nita iniciou sua gestão rompendo pontes e adotando uma postura de confronto, quando se esperava equilíbrio, diálogo e respeito à memória do ex-presidente da Casa.
A população agora aguarda explicações mais detalhadas e, sobretudo, transparência. Afinal, a pergunta que ecoa em Bayeux é: a quem realmente interessa esse decreto?