Após deixar a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) não é mais defendido pela AGU (Advocacia-Geral da União) em procedimentos nos quais ele é investigado e também na ação que envolve sua ex-secretária parlamentar na Câmara Walderice Santos da Conceição, conhecida como Wal do Açaí. As informações são da Folha de S.Paulo.
A AGU representa juridicamente o governo federal e assumiu a defesa de Bolsonaro e Wal do Açaí em maio, em uma ação de improbidade administrativa que tramita na Justiça Federal do Distrito Federal. Além disso, o ex-presidente também era defendido pelo órgão em outros casos em que era investigado, como em inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal).
Na ação de improbidade, a AGU deixou a defesa de Bolsonaro e Wal do Açai no dia 26 de dezembro, pouco antes da posse de Lula. À Folha, o órgão enviou nota afirmando que “também não atua mais na defesa do ex-presidente nas demais ações em que ele é réu”.
Wal é suspeita de ter sido funcionária fantasma do antigo gabinete de Bolsonaro na Câmara. A ex-assessora trabalhava em um comércio de açaí na mesma rua onde fica a casa de veraneio de Bolsonaro, na pequena Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ). No entanto, era funcionária do gabinete do ex-presidente enquanto ele era deputado federal.
A secretária figurou de 2003 a 2018 como um dos 14 funcionários do gabinete parlamentar de Bolsonaro, em Brasília, recebendo atualmente salário bruto de R$ 1.416,33 .No entanto, Wal não trabalhava no gabinete do deputado.