Governador   freia pressa de aliados por definição da chapa para 2026

O governador João Azevêdo (PSB) resolveu puxar o freio e retardar as articulações sobre o fechamento da chapa governista para as eleições de 2026. O socialista tem demonstrado incômodo, em público, com declarações de aliados sobre o time principal da disputa, no ano que vem. A reação tem um motivo: evitar a desordem na base aliada, que tem mais de uma opção para cada um dos espaços na majoritária.

O assunto mais delicado diz respeito à cabeça de chapa. O nome mais forte nas pesquisas é o do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), mas entre os governistas há quem entenda que o vice-governador, Lucas Ribeiro (PP), terá a primazia, caso assunto a titularidade do cargo. O tema tem gerado controvérsia na base, inclusive com desgastes fruto da precipitação nos anúncios dos nomes na chapa.

O deputado federal Gervásio Maia (PSB), por exemplo, gerou desconforto no grupo nesta segunda-feira (16). Ele arriscou uma antecipação de chapa, indicando uma composição encabeçada por Lucas e tendo João Azevêdo e o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), como candidatos ao Senado. A formação, no entanto, desagradou o governador, para quem ainda não é o tempo para o fechamento de chapas.

Não por um acaso. Há preocupação na base governista com a situação de Cícero Lucena. O prefeito se lançou com muita brevidade na busca por apoios para 2026 e tem colhido frutos por isso. Uma definição antecipada, sem uma justificativa clara, por isso, pode lançar o gestor na oposição e gerar o risco de um racha antecipado na base de apoio.

E neste cenário, meu amigo, vale a máxima de que prevenir é melhor que remediar.