Nísia Trindade, anunciada como a ministra da Saúde do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou ações que devem ser tomadas quando assumir a pasta. Dentre elas, estão a reativação de dois comitês, um ligado à imunização e outro específico para análise de cenários da pandemia da Covid-19, e a criação de uma nova secretaria para focar na digitalização de dados sobre saúde.
“Uma das primeiras medidas vai ser restituir plenamente o Comitê Técnico Assessor de Imunização, que não vem funcionando com a força que deve ter, inclusive com a força das suas recomendações. E também um comitê científico para análise desses cenários da pandemia”, destaca.
Trindade apontou que os comitês serão essenciais para a tomada de decisões, o que, segundo ela, não foi feito durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A futura disse também que deve, em breve, se reunir com a Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de discutir a situação da Covid na China. De acordo com Nísia, em diálogos com representantes da entidade, a OMS classifica o cenário como preocupante, mas não de “descontrole”.
“Há que se considerar esses fatores, se trata de circulação de novas variantes ou se trata do efeito de uma mudança de política, que deveria ser acompanhada por uma vacinação mais robusta. Sabemos que as vacinas para covid também têm questões ligadas ao tempo de proteção. Todos os aspectos científicos têm que ser considerados nesse quadro sanitário”, declara a escolhida para comandar a Saúde.
PNI
Nísia Trindade falou também que pretende transformar o Programa Nacional de Imunização (PNI) em um departamento nacional de imunizações e que a política de vacinação no País não deve se restringir ao Ministério da Saúde.