A cidade de Sapé, na Zona da Mata paraibana, foi palco de revolta e indignação nesta semana. Um morador, desesperado em busca de atendimento médico, foi surpreendido com a informação de que o Hospital Regional Dr. Sá Andrade estava fechado, mesmo diante de uma emergência,o unico Hopsital da paraiba que não dispõe de ar condiocionado ,já é conhecido como matadouro Humano
“Fui buscar socorro e encontrei as portas fechadas. Isso é um absurdo!”, desabafou o sapeense, que preferiu não se identificar. O relato se espalhou rapidamente pelas redes sociais e provocou uma onda de críticas à gestão municipal.
Enquanto isso, a Prefeitura de Sapé, sob comando do prefeito Major Sidnei Paiva, segue promovendo uma das festas juninas mais caras da região. Apenas com cinco atrações musicais, o município já empenhou R$ 825 mil em cachês, incluindo R$ 350 mil para a dupla Matheus & Kauan. Com estrutura, palco, iluminação, decoração e demais serviços, os gastos devem ultrapassar R$ 1,2 milhão.A discrepância entre os investimentos em festa e o abandono da saúde pública reacendeu o debate sobre as prioridades da atual gestão. “Festa é bom, mas de que adianta ter show caro se não tem médico pra atender a população?”, questionou uma comerciante do centro da cidade.Além disso, a prefeitura também está sob suspeita de irregularidades, após denúncia ao Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) por iniciar a montagem da estrutura da festa antes mesmo da licitação ser concluída.
Com um hospital sem funcionar plenamente e milhões sendo gastos com shows, a população de Sapé cobra respostas e ação imediata do poder público. Para muitos, o São João de 2025 ficará marcado não apenas pela música, mas pela ausência de atendimento médico quando mais se precisa.