VEJA VIDEO Vereador Peron Filho, assassinado em Jacaraú, era voz crítica contra a atual gestão e denunciava “troca de favores”

O brutal assassinato do vereador Peron Filho, em Jacaraú na noite de ontem , deixou um vazio no cenário político local e levanta sérias questões sobre os motivos que podem ter levado à sua morte. Reconhecido pela população como um dos parlamentares mais combativos da Câmara Municipal, ele não se intimidava em expor críticas duras à gestão municipal e denunciar o que chamava de “troca de favores em troca de silêncio”.

Na última sessão de que participou, realizada no dia 12 de setembro, Peron Filho subiu à tribuna para criticar abertamente o uso da máquina pública de Jacaraú. Em seu discurso, acusou setores da administração de tentar calar injustiçados por meio de benefícios e vantagens, em vez de enfrentar os problemas que afetam a população.

Enquanto muitos se calam por conveniência, eu não vou me calar diante do que está errado”, teria afirmado o parlamentar, segundo relato de colegas e populares que acompanharam a sessão.

Voz da oposição

Peron Filho era considerado a principal voz da oposição na cidade. Com postura firme e linguagem direta, conquistou respeito entre eleitores que se sentiam representados por suas denúncias e cobranças. Diferente de outros parlamentares, que segundo ele “fechavam os olhos para irregularidades em troca de favores políticos”, Peron mantinha uma atuação independente e marcada pela fiscalização.

Investigação e clima de tensão

O crime ocorreu em meio a um clima de tensão política no município. A Polícia Civil deve apurar se a execução do vereador tem relação com sua atuação crítica dentro da Câmara e com as denúncias que vinha fazendo. Amigos e apoiadores ressaltam que Peron vinha recebendo pressões e se dizia preocupado com o aumento da hostilidade contra seu mandato.

Legado interrompido

A morte de Peron Filho não representa apenas a perda de um representante do povo, mas também de uma voz que ecoava contra os bastidores da política local. Para moradores, ele simbolizava resistência diante do que considerava práticas de favorecimento e silêncio sobre problemas estruturais da gestão.

Agora, resta à população de Jacaraú exigir das autoridades uma investigação rigorosa, capaz de esclarecer não apenas quem executou o crime, mas também se havia interesses políticos por trás do assassinato.