Cabedelo (PB) – O ex-prefeito de Cabedelo e atual secretário de Turismo de João Pessoa, Vitor Hugo Castelliano, está no centro de um vendaval jurídico e político. Alvo de diversas denúncias do Ministério Público da Paraíba (MPPB), o ex-gestor enfrenta graves acusações que vão de desvios milionários, nomeações fraudulentas, participação em organização criminosa até irregularidades em desapropriações de terrenos públicos,com esses maus predicados Vitor Hugo,sem a caneta não consegue atrair mais os olhares daqueles que lhe olhava com outros olhos,além disso se apresenta para muitos mal humorado,e dificil acesso,não atende tel dos que lhe confiaram o voto, e o pior se volta contra a imprensa ,a mesma que lhe Homenagiava quando prefeito,o vereador da capital já adiantou que a luta de Vitor Hugo pra chegar a assembleia ,é inglória
As investigações fazem parte do escopo da Operação Xeque-Mate, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Gaeco, que desbaratou um esquema de corrupção sistêmica que operava dentro da Prefeitura e da Câmara Municipal de Cabedelo. À época, o próprio Vitor Hugo, ainda vereador, teria sido beneficiado com funcionários fantasmas, segundo o MP.
Servidores fantasmas e prejuízo milionário
A principal acusação recai sobre a nomeação de servidores que nunca trabalharam. De acordo com o Gaeco, Vitor Hugo teria sido responsável direto por, ao menos, oito nomeações fictícias enquanto era vereador. O esquema fraudulento teria causado um prejuízo de mais de R$ 5,1 milhões ao erário. O Ministério Público pede a perda dos direitos políticos, o ressarcimento do dano e a responsabilização por peculato e organização criminosa.
Embora tenha alegado inocência e afirmado que “apenas indicou nomes previstos em lei”, as denúncias apontam para um padrão de desvio intencional, que beneficiava politicamente aliados e drenava recursos públicos.
Desapropriação suspeita na Praia do Poço
Outro escândalo envolvendo o ex-prefeito surgiu em fevereiro de 2025, quando o MPPB denunciou Vitor Hugo por suposto favorecimento ilícito em um processo de desapropriação de terrenos na Praia do Poço, em Cabedelo. A Prefeitura, sob seu comando, pagou cerca de R$ 2,6 milhões por terrenos que já eram ocupados por moradores e passíveis de usucapião. Segundo o MP, a ação teria sido articulada para beneficiar terceiros com interesses privados, entre eles um influenciador digital ligado ao esquema.
Contas reprovadas pelo Tribunal de Contas
Além dos processos judiciais, o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) reprovou as contas da gestão de Vitor Hugo em 2018, com destaque para gastos irregulares em obras de pavimentação. Ele foi condenado a devolver R$ 48 mil aos cofres públicos.
Discurso de moralidade desmentido pelos fatos
Apesar de ter se vendido à população como “salvador da moralidade” ao assumir interinamente a Prefeitura após a prisão de Leto Viana, Vitor Hugo reproduziu práticas condenáveis, alimentando o mesmo sistema que dizia combater. A exoneração de servidores fantasmas, que ele anunciou como ato ético, agora se revela insuficiente diante da avalanche de denúncias acumuladas ao longo de sua gestão.
Impacto político e silêncio estratégico
Atualmente ocupando cargo na Prefeitura de João Pessoa, Vitor Hugo tenta manter perfil discreto diante das denúncias. Evita a imprensa e não se pronunciou oficialmente sobre a nova denúncia do Gaeco apresentada em junho de 2025, dentro da 10ª fase da Operação Xeque-Mate.
Conclusão: O histórico de improbidade, fraudes administrativas, corrupção e contas reprovadas coloca Vitor Hugo entre os principais alvos da Justiça paraibana. O caso é um retrato fiel do ciclo vicioso da política local, onde promessas de renovação acabam mergulhadas em esquemas velhos de poder, dinheiro e impunidade.
A população de Cabedelo, mais uma vez, assiste à traição da confiança nas urnas se transformar em escândalos no noticiário.