Às vésperas da eleição, Bolsonaro autoriza nomeação de 560 policiais federais

A três dias do primeiro turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou a nomeação de 560 policiais federais, entre eles delegados, agentes e escrivães. As nomeações, proibidas pela lei eleitoral desde julho até a data da posse, foram justificadas pelo Palácio do Planalto como uma exceção permitida na lei, já que se trata de uma ação “necessária ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais”.

Os policiais federais são base de apoio de Bolsonaro, que se tornou alvo de críticas da categoria depois de frustrar uma expectativa de reajuste salarial de até 20%. Ao sancionar as diretrizes do orçamento de 2023 em agosto, o chefe do Executivo vetou o item que previa o reajuste de salário específico para policiais e integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Em maio, ao ser questionado sobre o reajuste que não ocorreria, Bolsonaro acenou para a categoria e prometeu aumentar o número de candidatos a serem convocados na PF e na PRF, aprovados em concurso já realizado.

A lei eleitoral proibiu, a partir do dia 2 de julho, quaisquer atos de gestão de pessoal na Administração Pública, como nomeações, demissões sem justa causa, remoções, transferências ou exonerações até o dia das eleições.